quarta-feira, 6 de março de 2013
Mulheres em profissões masculinas
O mundo das profissões não é mais como antigamente. Ao longo dos anos, as mulheres conquistaram mobilidade entre diversas áreas de atuação profissional. O ramo da engenharia, por exemplo, geralmente predominado pelos homens, tem despertado muito interesse das mulheres que querem atuar em locais como plataformas de petróleo e construções.
A psicóloga Sandra Monice acredita que a presença feminina pode agregar valores a uma equipe formada por homens, já que eles são focados na objetividade. As mulheres apresentam maior sensibilidade e conseguem mosstrar um outro lado, muitas vezes ignorado pelo sexo masculino.
Segundo o psicólogo Maviael Filipe Lopes, o mercado atual exige requisitos predominantemente encontrados em mulheres, como sensibilidade, percepção aguçada, versatilidade, bom relacionamento interpessoal e afetividade. Segundo Maviael, essas competências permitem que as mulheres “consigam identificar as necessidades organizacionais”, ressalta.
Trabalhando em um escritório de engenharia, Katherine Sallum teve oportunidade de atuar com uma equipe de maioria masculina. Ela conta que não sofreu preconceito: “por eu ter chegado depois na obra e ter uma visão de fora, acabei sendo mais ouvida (…) independente de ser mulher”.
Apesar de ter gostado muito da experiência, Katherine confessou que já ouviu falar que muitas empresas não contratam mulheres para trabalhar em obras: “como se as mulheres não passassem credibilidade aos colaboradores”.
O ramo das empresas de segurança também é considerado tipicamente masculino, mas Tatiane Figueira Pereira, de 29 anos, prova que as mulheres também dão conta. Tatiane trabalha como vigilante em uma empresa que faz trabalhos terceirizados.
Antes de seguir para a área da vigilância, Tatiane trabalhava como caixa de supermercado, um ramo de maioria feminino. “Fiz o curso de vigilante porque queria mudar de profissão. Cansei de ser operadora de caixa. Nunca tinha visto uma mulher nessa profissão e achei interessante”, afirma.
Em relação à aceitação da família, Tatiane confessa que “ninguém deu apoio, mas também não discriminou. Ficaram apenas preocupados com os riscos da profissão”. Sendo assim, ela continuou atuando como vigilante e afirma que gosta muito do que faz. Nos treinamentos para se formar como vigilante, Tatiane fez aulas de tiro, provas de educação física, teste psicológicos e aulas de comandos militares. “Tem que ter coragem. Na minha turma muitas mulheres foram reprovadas por não conseguirem atirar”, finaliza a vigilante.
As mulheres estão se mostrando cada vez mais “camaleoas” no mundo profissional e estão se destacando nas profissões consideradas masculinas. Nem feminismo, nem machismo, o mercado caminha para uma igualdade.
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