Cristina Fernández de Kirchner
Em 28 de outubro de 2007, Cristina Elisabet Fernández de Kirchner chegou à presidência da Argentina com o Partido Frente para la Victoria. Se tratava de um acontecimento histórico para o país já que se converteu na primeira mulher a ocupar o cargo eleita por decisão popular.
Seu forte caráter, temido por alguns políticos, e um obsessivo cuidado com sua imagem são duas das características que resumem sua imponente presença.
No dia 27 de outubro de 2010, a presidenta argentina perde seu principal apoio, seu marido Néstor Kirchner, que morre aos 60 anos vítima de um ataque cardíaco . Sua inesperada morte abre muitas interrogações no panorama argentino, dominado há muitos anos pela forte personalidade do político peronista, capaz de criar um movimento que leva seu próprio sobrenome: o kirchnerismo.
Cristina Fernández de Kirchner assumiu seu governo com problemas de inflação e uma crise institucional no Instituto Nacional de Estatística e Censos (INDEC), questionado pela verossimilhança de seus índices de custo de vida desde a intervenção do organismo levada a cabo pelo Secretário de Comércio Interior, Guillermo Moreno, a partir de janeiro de 2007, que assegurava que alguns estudos privados hão localizado mais do dobro da inflação oficial.
A crise econômica de 2008-2009, iniciada nos Estados Unidos, teve seu primeiro efeito na Argentina com o aumento exponencial do preço internacional dos grãos que levou ao chamado <<conflito do campo>>, durante o qual as organizações de produtores agropecuários se opuseram a um aumento das retenções às exportações.
Em 19 de julio de 2007, lançava sua candidatura presidencial para as eleições de outubro com o trabalho levado a cabo por seu marido, Néstor Kirchner, especialmente na recuperação econômica, como uma de suas principais cartas na manga.
A candidatura de Fernández, qualificada como uma “estadista” por funcionários próximos e até por seu próprio marido, era vista pelos estrategistas do Governo como a chave para a “continuidade do projeto” iniciado porKirchner, quem conseguiu manter uma imagem positiva superior ao 50 por cento em seus quatro anos de gestão.
A senadora Fernández se convertiria na primeira Presidenta da Argentina eleita pelo voto direto da cidadania (Isabel Martínez só chegou a Presidência substituindo seu falecido esposo, Juan Domingo Perón).
A “primeira cidadã” arrasou em 2005 nas eleições parlamentares nacionais, com 46 por cento dos votos, em um “duelo de esposas” com sua principal adversária, Hilda Gonzáles, mulher do ex presidente Eduardo Duhalde(2002-2003). Desde aquele triunfo, a senadora conseguiu manter uma boa imagem que, segundo os analistas, se vincula com sua segurança, sua predisposição à tomada de decisões e suas escassas declarações públicas, ao ponto que possue uma nula relação com a imprensa.
Assim, essa mulher, veemente em suas convicções e aparência – apesar de que alguns estilistas consideram que ela tem uma estilo “carregado”-, é um expoente mais entra as mulheres que, como Hillary Rodham Clinton, aspiram à Presidência. Fernández Kirchner está muito longe daquela jovem peronista de cabelo longo, filha de um radical, que em 1976 tornou-se advogada pela Universidade bonaerense de La Plata, um ano depois de ter se casado com Néstor, com quem teve seus filhos Máximo e Florencia.
Apesar de que naqueles tempos de ditadura militar (1976-1983) ainda não havia se entregado de uma vez à política, o desaparecimento de alguns companheiros de universidade fizeram que junto a seu marido se mudassem à Santa Cruz, pronvíncia nativa de Kirchner. Ali foi onde na década de 1980 deu seus primeiros passos como política, e da maõ de cargos parlamentares, alimentou sua trajetória, a mesma que foi criticada pela oposição a respeito de sua inexperiência em cargos executivos.
Nascida em La Plata (Buenos Aires) em 19 de fevereiro de 1953, a Cristina a comparam constantemente comEvita, ainda que ela não se cansa de repetir que sua referência a seguir é Hillary Clinton. Licenciada em Direito pela Universidade de la Plata em 1976, foi durante seus anos universitários quando conheceu Néstor Kirchner, três anos mais velho que ela, e com o qual se casou no civil em 9 de março de 1975. Naqueles anos, Néstor era militante da FURN (Federación Universitaria Revolución Nacional), enquanto Cristina assumia um compromisso muito menor em uma agrupação paralela. De fato, há quem assegure que ela apenas teve militância política na faculdade.
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