domingo, 17 de março de 2013



Jacqueline Kennedy




Uma infância debruçada sobre cavalos, literatura européia e o cultivo do hábito de escrever e pintar foi decisiva para a formação de um estilo que, somado ao carisma natural, criaria um dos maiores mitos do século 20. Jacqueline Lee Bouvier montou pela primeira vez num cavalo com um ano de idade. Aos seis, já dominava totalmente um garanhão. O mesmo não pode ser dito de seu casamento com John Fitzgerald Kennedy, um mulherengo convicto. Tanto quanto Black Jack, pai de Jackie, com quem ela já havia aprendido que os homens tinham uma “propensão inata para a infidelidade”. Nem por isso, deixou de se apaixonar por eles e, à sua maneira, controlava-os.


 A imagem fotográfica de Jackie era sempre a de uma mulher altiva, segura e independente, que parecia nunca ter dado um passo em falso. Os detalhes da biografia escrita pelo jornalista Francisco Viana confirmam as aparências.


Apesar do berço de ouro e de uma educação formatada para a carreira de dona de casa, Jacqueline investiu na originalidade. Tornou-se repórter de jornal e acabou seduzindo o então senador John Kennedy durante uma entrevista. Com o marido eleito para a Presidência dos EUA, em 1960, inaugurou a mística da primeira-dama jovem e moderna, quebrando protocolos, cultivando amizades com artistas e intelectuais como Truman Capote, Andy Warhol e Tennessee Williams e transformando a Casa Branca numa espécie de Palácio de Versalhes americano.


Cinco anos depois da morte de Kennedy, voltou a surpreender. Desafiou a opinião pública de seu país decidindo casar-se novamente com o milionário grego Aristóteles Onassis, “traindo a imagem que os americanos faziam dela”, segundo o jornal The New York Post. Para garantir seu modo de vida, exigiu um contrato nupcial de 168 cláusulas que lhe davam garantias financeiras de US$ 3 milhões e o direito de viajar sem ter de dar satisfações ao marido.


Sem trair seu espírito independente, Jackie nunca renegou a importância dos homens em sua vida. Casou-se três vezes, foi dona de casa e mãe exemplar - que preservou Caroline e John Jr. dos holofotes - e morreu como Jacqueline Lee Bouvier Kennedy Onassis, sem incorporar o nome de seu terceiro marido, o financista Maurice Tempelsman.
História notável de uma mulher inesquecível





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