sábado, 16 de março de 2013




União Europeia proíbe venda de cosméticos testados em animais

A medida vale não só para os produtos fabricados na Europa, cujos ingredientes foram testados em animais, mas também para produtos importados


Coelho (Foto: Bethany Clarke/Getty Images)

A partir de segunda-feira (11), nenhum cosmético que contenha ingredientes testados em animais poderá ser vendido nos 27 países da União Europeia. "Proibir a comercialização é uma mensagem clara sobre a importância atribuída pela Europa ao bem-estar dos animais", afirmou Tonio Borg, comissário europeu de Saúde.  
Em comunicado, a Comissão Europeia (CE) afirmou que a decisão "está em linha com o que muitos cidadãos europeus acreditam firmemente: que o desenvolvimento de cosméticos não justifica o experimento com animais". O órgão também se comprometeu "a seguir apoiando o desenvolvimento de métodos alternativos e a trabalhar com outros países para que adotem a resolução europeia" para os produtos cosméticos.
 A proibição do teste de produtos cosméticos em animais foi aprovada pelo Parlamento Europeu em 2003, e entrou em vigor no ano seguinte. Em 2009, foi proibida a venda de produtos assim testados, mas ainda era possível importá-los de outros países. Agora, a regra vale aos cosméticos produzidos na Europa e também ao resto do mundo.
Os grupos que defendem os direitos dos animais aplaudiram a medida, incluindo a organização internacional Humane Society International (HSI). "A proibição dos testes acabará com o sofrimento de inúmeros animais de laboratório que são submetidos a doses altíssimas de produtos químicos que são aplicados em seus olhos ou pele", afirmou Helder Constantino, gerente da campanha “Liberte-se da Crueldade”, da HSI no Brasil.
Por outro lado, a Cosmetics Europe, órgão que representa o comércio destes produtos na União Europeia, disse que a medida funciona com um "freio para a inovação". "Nós lamentamos a proibição da comercialização. Ela ignora a realidade de que a ciência ainda não está pronta e de que as alternativas não-animais não podem resolver todas as questões de segurança do produto."

Nenhum comentário:

Postar um comentário