Por que a sexualidade feminina incomoda tanto?
A vítima da vez é a cantora Beyoncé, criticada pelo excesso de rebolado no Super Bowl”
De tempos em tempos, conservadores travestidos de “patrulha feminista” voltam suas metralhadoras giratórias para alguma poderosa de plantão. A vítima da vez é a cantora Beyoncé, criticada pela apresentação cheia de requebros e carregada de sensualidade feita ao vivo, no intervalo do Super Bowl, a final do campeonato de futebol americano. O magnata Donald Trump disparou: “Beyoncé rebolou de um jeito tão sugestivo que, se fosse outra, teria sido um escândalo nacional.” A comentarista S.E. Cupp, da NBC, considerou o show tão apelativo que poderia ter sido feito num clube de striptease. E completou: “Ela não sabe que é talentosa demais para isso?” Beyoncé foi censurada também por aparecer com pouca roupa na capa da edição de fevereiro da revista masculina GQ. A colunista Hadley Freeman, do jornal britânico The Guardian, escreveu: “Beyoncé: ser fotografada de calcinha não ajuda o feminismo”.
Será que esses arautos da moralidade nunca pararam pra pensar que as mulheres gostam de ser sexy e que não há nenhuma submissão no fato de uma mulher poderosa como Beyoncé rebolar ou posar de calcinha? Ao contrário, a essa altura da carreira, é Beyoncé que dá as cartas sobre o que é ser sexy, e não a indústria ou a mídia. Recentemente, a atriz Cameron Diaz também foi crucificada por ter dito que “toda mulher quer ser um pouco objeto e isso é saudável.” Como Beyoncé e Cameron, também queremos ser amadas e desejadas. Que mal há nisso?
Por que será que a sexualidade feminina incomoda tanto? Ser mulher numa sociedade ainda impregnada de patriarcalismo é ser constantemente julgada e policiada. Vivemos na cultura do que os americanos chamam de “slut shaming”, em que as mulheres são menosprezadas e chamadas de vadias pelo simples fato de ostentarem a própria sexualidade.
Não é Beyoncé que está prestando um desserviço à causa da emancipação feminina e sim esses paladinos do retrocesso, que querem reduzir o valor de uma mulher ao que ela faz com o próprio corpo. A afirmação feminina passa, sim, pela nossa sexualidade e os nossos desejos.
Dona de si mesma
Nessa altura da carreira, é Beyoncé que dá as cartas sobre o que é ser sexy, e não a indústria ou a mídia. Recentemente, a atriz Cameron Diaz também foi crucificada por ter dito que “toda mulher quer ser um pouco objeto e isso é saudável.” Como Beyoncé e Cameron, também queremos ser amadas e desejadas. Que mal há nisso?
Por um mundo sem preconceitos
Ser mulher numa sociedade ainda impregnada de patriarcalismo é ser constantemente julgada e policiada. Vivemos na cultura do que os americanos chamam de “slut shaming”, em que as mulheres são menosprezadas e chamadas de vadias pelo simples fato de ostentarem a própria sexualidade.
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