Morte de Franklin Cascaes completa 30 anos nesta sexta-feira
Natural de Florianópolis, nasceu em 1908 e morreu aos 74 anos, em 1983.
Artista e pesquisador se destacou ao retratar e resgatar a história da Ilha.
Desenho de Franklin Cascaes feito a bico-de-pena
Nascido e criado em Florianópolis, o folclorista Franklin Cascaes se dedicou a estudar os contos, mitos e histórias contadas pelos moradores da Ilha da Magia. É considerado um dos principais estudiosos da cultura florianopolitana. No ano que marca três décadas de sua morte, o ilustre manezinho recebe homenagens, com lançamentos de livros, espetáculos teatrais e um feira de livros da Universidade Federal de Santa Catarina.
Franklin Cascaes viveu por 74 anos. Nasceu 16 de outubro de 1908, na praia do Itaguaçu, na região continental de Florianópolis e morreu em 15 de março de 1983. Há exatos 15 anos. Era o filho mais velho de uma família de 12 irmãos. Quando pequeno, aprendeu a lidar com o engenho de açúcar, de farinha de mandioca. Fazia balaios, tipitis, cordas de cipó , tarrafas e outros artefatos artesanais. Tinha o dom para desenhar usando carvão e fazer bonecos que nasciam da imaginação criada dos mitos e histórias que aprendia sobre bruxas.
Talento descoberto na década de 1920, segundo descrito no site da Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes (FCFFC). Ele fez uma série de esculturas sobre a Via Sacra na Praia de Itaguaçu.
Aos 20 anos, o artista ingressou na escola, após vencer a resistência do pai. Na década de 1941, passou a professor da Escola Industrial de Florianóppolis. Na mesma época iniciou sua pesquisa sobre a história e cultura da Ilha de Santa Catarina.
Por cerca de 40 anos, ele se dedicou a temas que envolviam a vida e tradições do litoral catarinense e das comunidades pesqueiras da Ilha de Santa Catarina. O pesquisador artista registrou os costumes, as crenças e os mitos das comunidades tradicionais de Florianópolis. Seu trabalho resultou em 42 conjuntos temáticos compostos por pequenas esculturas que representam figuras, ferramentas, instrumentos, utensílios e maquetes de engenhos de farinha, rancho de pescadores e outros objetos produzidos com diferentes materiais. Na herança deixada, também ficaram mais de 1500 desenhos, além de centenas de anotações, recortes de jornais e outros documentos.
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