ELA SEGUIU A GRAVIDEZ, MESMO COM CÂNCER DE MAMA!
Como o ditado diz, amor de mãe não tem igual! E Simone Calixto provou que esse ditado é realmente verdadeiro, mostrando a todos que o forte sentimento que tinha pela filha que ainda geria era maior do que qualquer dificuldade que poderia ter na vida. Simone teve que enfrentar uma das doenças mais temidas, o câncer, para dar a luz à pequena Melissa, sua segunda filha.
Após três semanas morando no Canadá com o seu marido e sua primeira filha Amanda, ela recebeu o diagnóstico da doença e a confirmação da gravidez praticamente junto. No primeiro momento, sentiu um nódulo no seio, mas, como é médica, pensou que eram apenas mudanças no corpo por causa da gestação. Mas, após dez semanas, sentiu novamente o nódulo e, a partir daí, já imaginou o pior e soube que sua vida iria mudar.
Então, contou para a sua obstetra, que solicitou a realização de exames e confirmou o câncer de mama. Os hormônios da gestação estavam alimentando o nódulo e, por isso, ele estava crescendo rápido. Como o grau de gravidade do tumor era avançado, a obstetra informou que a gestação teria que ser interrompida. Foi a partir daí que a luta para sobreviver junto com o seu bebê começou.
"A coexistência dos dois processos antagônicos no meu corpo, um que conduz o organismo à morte e a gravidez que de forma tão bela e harmônica leva à formação de uma nova vida, direcionou-me para a cena de uma batalha. Porém, o amor profundo que eu já nutria pelo meu bebê tinha mais significado para mim do que a força com que aquele tumor crescia."
Para Simone, a pior notícia, não foi ser diagnosticada com a doença, mas saber que a gravidez teria que ser interrompida. "Foi um verdadeiro choque quando me informaram sobre a necessidade do aborto terapêutico. Diante da gravidade do meu quadro clínico dificilmente o bebê sobreviveria. A conversa terminou ali porque eu fiquei emocionada."
Segundo ela, a entrevista mostrava o médico que havia acompanhado o caso. "Acordei meu esposo imediatamente e depressa conseguimos localizar o Dr. Waldemir Rezende, o obstetra mastologista mencionado. Esperamos a diferença do fuso horário alcançar 7h da manhã no Brasil e ligamos para o Hospital Santa Catarina solicitando o contato dele. Às 7h05, eu estava passando o meu caso para o Dr. Rezende. Foi como se eu tivesse nascido novamente naqueles minutos."
Como toda a pessoa que tem câncer e passa pelos tratamentos agressivos, Simone sofreu com os efeitos colaterais. "Durante a gestação, foi feita a quimioterapia. Tive anemia, baixa na imunidade e precisei realizar transfusão de sangue quando estava por volta do sétimo mês. Além disso, tive os efeitos comuns da quimioterapia, como queda dos cabelos. No entanto, isso foi secundário, já que me sentia a mãe mais feliz e abençoada do mundo com a minha filha crescendo dentro de mim a cada dia."
Melissa nasceu prematura e durante a cesárea já foi feita a mastectomia também. "Foi necessário interromper a quimioterapia com menos de oito meses de gestação para recuperar a imunidade, tanto a do bebê para o nascimento quanto a minha por causa da cesárea. Infelizmente, duas semanas após o efeito da última sessão de quimioterapia, percebeu-se a reativação do tumor, que voltou a crescer. Então, o parto teve que ser antecipado."
Em toda essa situação difícil, ela continua enfatizar a importância da confiança que tinha em seu médico. "Apesar dos fatos nos forçarem a ter uma outra conduta, estava aliviada porque havíamos chegado quase até o fim da gravidez. Novamente a fé surge para nos lembrar que Deus havia nos acompanhado durante aqueles meses e que Ele não nos abandonaria. A presença do Dr. Waldemir realizando o meu parto e a minha mastectomia era tudo o que eu desejava. Pude entender melhor o significado da confiança nessa relação médico-paciente."
Qual foi o grau de seu câncer?
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