sábado, 19 de janeiro de 2013




Forçada a casar e torturada aos 13 anos, afegã é exemplo raro de justiça

NYTimes

Cabul, Afeganistão – Segundo autoridades, quando ela se recusou a se prostituir ou a fazer sexo com o homem com quem foi obrigada a se casar aos 13 anos, a família do noivo de Sahar Gul a torturou e a atirou num porão imundo e sem janelas por meses, até que a polícia a encontrou deitada sobre palha e fezes de animais.
Em julho, um tribunal de segunda instância manteve as sentenças de dez anos a cada um de seus três parentes por afinidade, decisão anunciada como um triunfo jurídico, ressaltando os progressos dos direitos femininos na última década. Ela está se recuperando das feridas, físicas e emocionais, num abrigo feminino em Cabul.
Porém, para muitos defensores dos direitos femininos, o caso dela, que atraiu a atenção do presidente afegão, Hamid Karzai, e da imprensa internacional, é a exceção que comprova a regra: uma pequena vitória em meio a inúmeros casos de violência contra a mulher que nunca são revelados.
Além disso, os grupos de defesa temem que o progresso hesitante conquistado na proteção de algumas mulheres se perca caso o foco do Ocidente no Afeganistão comece a mudar enquanto as tropas da Otan se retiram e ocorre uma redução do dinheiro internacional enviado para a economia.



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