Cortes e cores que estão virando a cabeça das mulheres mais velhas.
Nova York – Num belo dia de agosto, três mulheres, todas com mais de 40 anos, estavam encarapitadas nas cadeiras cinzentas do salão de Yves Durif, na Rua 76 com a Avenida Madison, no Hotel Carlyle.
Considerando o endereço, seria de se esperar que o clima fosse quase de reverência; em vez disso, só seu ouviam frases curtas; o dono do salão, Durif, um francês cheio de energia, e David Johnstone, o impassível colorista, examinavam as clientes uma a uma.
"Nem se atreva a me dar aquele cabelinho sem graça à la Upper East Side", disse Dawn Bennett, de 61 anos. "Quero uma coisa mais agressiva, no melhor estilo rock 'n' roll."
A gerente de arte que trabalha para a ONG Urban Glass, no Brooklyn, já usou o cabelo longo até o meio das costas; hoje em dia, porém, faz o que lhe der na cabeça, inclusive luzes rosa choque, três camadas de franja e uma nuca raspada que, se quisesse e tivesse à disposição bastante gel, poderia transformar num penteado moicano.
Ao seu lado está Sunny Bates, uma empresária (cuja idade fica 'entre 49 e 100 anos', ela brinca) que começou o dia com um Chanel sem graça acima do ombro, o mesmo que mantinha há seis anos. Durif repicou as pontas até lhe dar um visual mais sofisticado ‒ e raspou a nuca, de leve, de um lado só.
Talvez, porém, a amiga Linda Holliday, CEO da Citia, empresa que produz resumos de livros clássicos, tenha sido a mais audaciosa de todas: ela optou por fazer mechas azuis que, além iluminarem o visual, lhe deram um ar meio punk.
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